Donald Trump determina cobrança de tarifas recíprocas aos países que taxarem importados dos Estados Unidos.
- klebermoc2
- 14 de fev.
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Atualizado: 29 de abr.

Introdução -
Desde que assumiu a presidência dos Estados Unidos, Donald Trump tem mudado muitas regras, entre elas a proteção comercial através de grandes tarifas impostas a outros países parceiros e não-parceiros. Juntamente com sua equipe da área econômica, fez várias declarações, muitas vezes contraditórias, sobre os motivos para as tarifas.
Seria o início de uma guerra comercial? - As empresas americanas estão inseguras sobre seus investimentos fora do território americano. Os países que matem relação econômica com os Estados Unidos podem responder à altura. Até os editores de Wall Street comentaram as tarifas como sendo " a guerra comercial mais idiota da história".

Desenvolvimento -
O presidente dos Estados Unidos Donald Trump determinou, eu reunião nesta quinta feira, 13 de fevereiro, através de um memorando, que fossem cobradas tarifas recíprocas a países que cobrarem taxas de importação de itens americanos. Esta imposição de tarifas pela nação americana está condizente com a promessa do presidente Trump de taxar parceiros comerciais.
Como por exemplo, ele cita o etanol brasileiro, que cobra cerca de 18% sobre as exportações de etanol dos Estados Unidos, enquanto a tarifa interna americana é de 2,5%.
A principal função do memorando é buscar formas de equilibrar o mercado internacional e garantir justiça ( Plano Justo). Segundo Donald Trump, Essa função tem três propósitos: equilibrar o comércio, aumentar a receita e submeter países rivais comerciais. Não se tratará de tarifa condizente com a realidade de cada país, ou seja individualizada, mas uma espécie de reciprocidade aos países que impõem tarifas ao comercio com os Estados Unidos.
Principais taxações:
Taxação de 25% sobre todas as importações de alumínio e aço.
10% para os países Brasil, Austrália, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Uruguai, Turquia, Reino Unido, Nova Zelândia, Bolívia, e Equador.
20% para a União Europeia.
24% para o Japão.
Até 145% para a China.
Em resposta as tarifas, a União Europeia avisou que vai aplicar 25% sobre uma série de importações dos Estados Unidos, enquanto durar o tarifaço. já a China, respondeu com imposição de 84% de taxação de produtos importados americanos.
Consequência nas Bolsas de Valores
Com a política de tarifas altas de Trump, as principais bolsas de valores operaram em queda, principalmente após o início da briga de tarifas entre USA e China.
O índice Euro Stoxx50 ( das principais empresas europeias ), caiu 3,31%. O IBEX35, da Espanha, caiu 2,01%. O DAX, da Alemanha, caiu 2,96%. O SMI, da Suíça, caiu 4,64%. O FTSE100, do Reino Unido, caiu 2,92%. O índice ITALIA40, caiu cerca de 2,91%. ( Fonte agências Reuters e France Presse.
A Bolsa de Valores de São Paulo, foi uma das poucas que não derreteu com a taxação de Trump e tem mostrado resultado positivo, desde a posse do presidente americano.

consequências para os Estados Unidos
Especialistas do mundo inteiro analisam a política de Donald Trump e dizem que alguns objetivos poderão ser alcançados, mas outros, será pouco provável.
Segundo dados da Casa Branca, do ano de 2001 a 2023, a produção industrial americana caiu muito (de 28,4% para aproximadamente 17,4% ). Existem muitos produtos que os Estados Unidos não produz internamente e depende do mercado externo. A inflação poderá crescer muito e as empresas americanas podem pressionar o governo para cortar as tarifas altas.
Segundo o professor Pedro Paulo Bastos, da Unicamp, as tarifas terão um efeito inflacionário no período de curto prazo e isso pode atrapalhar Trump quanto ao seu apoio político.
Existe um perigo iminente de acontecer uma guerra comercial, o que geraria inflação descontrolada em várias partes do mundo. A preocupação, neste momento, é que haja cooperação e controle de tarifas internacionais entre as nações afetadas e a nação americana.
Conclusão -
As tarifas comerciais implementadas pelo presidente Donald Trump em 2025 marcaram uma guinada significativa que gerou mudanças na política econômica dos Estados Unidos, trazendo à discussão debates sobre protecionismo econômico e seus impactos em níveis globais.
A imposição de tarifas de 25% sobre importações de alumínio e aço, bem como sobre produtos do Canadá e México, tinha o objetivo de proteger a indústria nacional e, ao mesmo tempo, conter a imigração ilegal, mas acabou gerando tensões com diversos parceiros comerciais e trouxe maiores custos para empresas americanas e seus consumidores. ( Fonte: CNN Brasil+3Folha de S.Paulo )
Além disso, a aplicação de tarifas adicionais sobre produtos chineses, elevando as taxas para níveis altíssimos, fez com que a guerra comercial entre China e Estados Unidos se intensificasse, resultando em desacordos e retaliações e afetando as cadeias de suprimentos globais . algumas empresas como Shein e Ford anunciaram que iriam aumentar os preços, refletindo as consequências trazidas pelas tarifas .
Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), as medidas de Trump poderiam elevar a inflação e reduzir o crescimento econômico na América do Norte, além de reduzir drasticamente o investimento global das empresas . No Brasil, não seria diferente; haveria uma redução do crescimento econômico.
Em resumo, as tarifas de Donald Trump, aplicadas nesse início de 2025, tiveram efeitos amplamente complexos: se por um lado, buscavam fortalecer a indústria americana e proteger os empregos dos americanos, por outro lado, provocaram aumentos de preços, incertezas econômicas e tensões diplomáticas. Eis um grande desafio central para a formulação de políticas econômicas eficientes e eficazes: identificar um ponto de equilíbrio entre querer proteger interesses nacionais e, ao mesmo tempo, querer manter relações comerciais benéficas com outras nações.
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